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RESTRIÇÕES NO FINANCIAMENTO

Mudanças nas políticas de financiamento 

deixam bolsistas inseguros

Falta de certeza sobre a renovação dos contratos é o principal problema dos programas de subsídio estudantil

Por: Luiz Gustavo Ribeiro

Estudantes sofrem com a diminuição de subsídios do Financiamento Estudantil (Fies) e as dificuldades das políticas de financiamento dos cursos superiores. Como a renovação não é automática, o bolsista demanda tempo e paciência até a instituição ou o banco redigirem o contrato.

O universitário e usuário do Fies Guilherme Almeida, estudante da PUCPR, acredita que a falta de informações sobre o processo acaba deixando o bolsista confuso."Eu não me sinto completamente seguro com o financiamento, porque não posso afirmar se manterei o contrato até o fim da faculdade".

 

Ele comenta que a melhor opção para quem deseja financiar os estudos é o Fies. Apesar dos defeitos do programa, Almeida afirma que se torna mais vantajoso do que optar por um crédito estudantil, opção que algumas faculdades oferecem.

Ex-aluno de universidade privada e usuário do Fies, Pedro Almeida não conseguiu efetuar a rematricula na faculdade e não teve condições de terminar a formação – com isso, acabou saindo do estágio.

Segundo o ex-aluno, o programa não possui um sistema que auxilie o estudante nos momentos de necessidade. "Se o site apresentar qualquer problema no decorrer da formação do aluno, este estará com problemas", diz.

Almeida, após perder o financiamento, entrou com uma ação contra o Fies para regularizar o contrato.

O estudante de engenharia e usuário do Programa Universidade Para Todos (Prouni) Tiago Tomaz trancou o programa no começo deste ano e espera reabrir a matrícula novamente. Ele conta que a pressão para atingir a meta de ser aprovado em 25% das matérias da universidade foi determinante para suspender o financiamento. “O programa exige a mesma competência de todos os cursos, isso acaba sobre carregando os alunos”, diz.

Pedro Almeida não teve condições de terminar a faculdade

Em relação à confiança no programa, o estudante comenta que se sente inseguro em ser bolsista, com a situação estável que o país vem passando atualmente.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Luís Monteiro optou por financiar 100% da faculdade de engenharia civil

Já o estudante Luís Monteiro saiu de Palmital, no interior de São Paulo, para estudar engenharia civil em Curitiba. Na universidade, Monteiro optou por financiar 100% dos estudos com o Fies. "Eu vim de uma cidade, onde o custo de vida era mais baixo", conta. Com isso, ao financiar a faculdade, conseguiu diminuir os custos.

Para o universitário, a principal dificuldade do usuário de Fies é a burocracia imposta pelo programa, que torna o processo cada vez mais lento e de difícil acesso aos estudantes.

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